Arrastada
pela imprevisível força das águas
Ora
corrente, ora calma
Somos
troncos encharcados pelo tempo
A
inesperada mudança do vento faz com que os troncos dançem
Uns
colidem, outros se afastam
Outros,
ainda que fiquem à esmo nas encostas
São sugados
de volta à vida
A vida prossegue
com um ar indomável
Não faz cálculos
ou têm preferências.
O rio
segue.
Sem
matemática, sem razão que o explique
Pois a
vida não é toda exatidão.
Não há
esclarecimentos. Não há o que entender!
Somos
tão iguais e suscetíveis em mesmo grau
que se justificar é dar valor ao desimportante, ao que indifere
Estamos
sujeitos;
Próprio
até se perder;
Se
simples, complexo quando composto
Abstrato
por receio.
Quem é o
responsável pelos galhos que se prendem às encontas?
Quem
assopra o vento que dá movimento à vida?
Qual o
galho que não julga um direito seu apoderar-se daquele espaço de água no qual
boia?
Água são
correntes e não possuem lugar fixo
Como
então julgar-se senhor de um pedaço de vida?
Por que
as vezes parecemos obedecer apenas à própria justiça que criamos,
Que se
molda e adapta conforme a necessidade?
Fazemos
julgamentos e indiciamos sem remorso imediato
Mas em
terra de juízes
Quem
dita as regras
é a aleatóriedade
do curso das águas
Por força
do hábito, julgamos
E
contentamo-nos com a eficiência que o fazemos
E de resto,
E de resto,
nada se compreende
ou se convence
ou se convence
outrora girino fez-se poeta, sofista molécula, obra dona
ResponderExcluircorrentes esmiuçando as des-cobertas.
ResponderExcluirOnde desaguaremos?
ResponderExcluirNão ter a resposta é o que faz ser interessante, tanto o rio quanto os peixes...
Troncos, cálculos, preferências,matemática, explicação...
ResponderExcluirgalhos e poder, justiça..
Não donos, só apegados,e só, no intocável...maneira opcional
de enxergar (ainda que com um véu no rosto), uma segurança final;
(Por força do hábito, julgamos
E contentamo-nos com a eficiência que o fazemos)
O curso das águas é tão aleatório assim?
Que história é essa de sair apagando os textos?
ResponderExcluirQue absurdo de egoísmo possuiu teu espírito? rs
Pode ausentar-se (mesmo que a sua presença seja mais interessante), mas não precisa nos deixar sem os seus escritos; Precisa? rs
Poxa.
Ainda bem que consegui ler "De novo"...rsrs.
Enfim.