Quando os sonhos me visitam
Deixando, amena, a saudade que sentia,
engolindo-me para dentro da própria cabeça
já é madrugada.
Quando os braços
- num último resquício de plenitude dos sentidos, reúnem meus pedidos e procura-os -
- num último resquício de plenitude dos sentidos, reúnem meus pedidos e procura-os -
esticam-se ao máximo. Acham o vazio.
Descobrem-se pouco e curtos
Você longe.? Não.
Você longe.? Não.
Quando o sonho te inventa admitindo a sonolência
Já é madrugada
Não quero sonhar com lindos campos verdes, viagens.
Não quero criar sensações de ilusória alegria
se lá você não estiver
Mas o " quero" não exerce influência sobre os sonhos.
Ainda assim,
numa camada mais profunda que não se pode explicar,
sem intervenção da vontade,
procuro-te.
Mas o " quero" não exerce influência sobre os sonhos.
Ainda assim,
numa camada mais profunda que não se pode explicar,
sem intervenção da vontade,
procuro-te.
E já é madrugada quando a distância,
embora mantida, anula-se.
embora mantida, anula-se.
Vejo-te, ouço-te, falamo-nos.
Lindo encontro que se passa em minha cabeça.
Nada longe. Está aqui.
Nada longe. Está aqui.
Horas se derramam tranquilamente
e passeios, encontros, são cinemas marcantes que se passam.
Noite que finalmente adormece.
O despertar...
Chega o despertar.
O despertar não se torna
ruptura inconsolável ou sonho inatingível.
Faz-me um apressado
para reviver o sonho de forma real.
A cada novo despertar
Recebo vida descansada
Inédita vontade de tomar o que me é oferecido,
De romper a madrugada
de vivê-la
de entregar-me e ser entregue na manhã seguinte
Acompanhado, unido
até a última camada de meu pensamento, do que sou