Todas escondem algo
Todos se escondem
Exceto eu e meu macaco; Meu interno confidente.
Despejo-lhe minhas amadas
- Que querem ser amantes, mas não sabem dançar
Aborto todos os
sacrifícios que, se somados, tornam-se a maioria
Incluo minhas desistências
e excessos
Se é que excedi...
Sexy Sadie...
Faz-me esquecer que nasci
Quando está presente transforma o agora em desconhecido
Quando está presente transforma o agora em desconhecido
Cria um novo tempo
verbal
Surpreende-me:
Apesar d’ eu já
conseguir prever seus próximos movimentos
Você consegue!
Apenas você... ainda... consegue?
E o fim que nos preservou
de um possível desgaste
Não induz ao
resgate do que poderíamos ter sido
Sim! Um
encerramento saudoso. Sem lástimas
Mãos
feitas... laçadas... lindas unhas sem vaidades coloridas
Corpos
nus a descansar juntos.
Deitados
Feito
dois enfermos a espera de uma doença que justifique a deliciosa indisposição
que nos tomara
Mas
não me sinto completamente seguro
Quero
perder o medo de lhe repetir
Embora
as vezes eu ainda o sinta
Apesar de eu ainda
evitar levantar descalço da cama
Os
pés gelados sem tua repreensão, que falta me fazem?
Nenhuma!
Já preencheram – e sem lacunas! - os momentos findados
E minhas
atuais memórias são maiores que todos os passados
Lembranças.
Recordo ações:
Apenas
o conforto,
sua
despretensiosa respiração no meu pescoço
e
o teto mal iluminado.
Apenas Nós
e o mundo que nos esperava do lado de fora.
e o mundo que nos esperava do lado de fora.