13.2.15
2.2.15
Sobre
Preciso
escrever.
Sinto-me
cheio. Entupido.
Preciso
vazar.
Há
pensamentos
de
todas as formas e cores
Projeto
a lança sobre o rio de água espessa.
Espéto!
Em cheio no vazio.
Sobre
o vazio divago, não escrevo. Fico.
Outra
vez,
a lança. Zum!
Espetei
E
trouxe à margem aquele pensamento pesado
E
grande; Seria mais difícil errá-lo.
Deixei-o
sem ar por alguns segundos. Sufoquei-o.
Não
por sadismo ou curiosidade;
Para
as frases virem.
E chegaram muitas.
Frases
de todas as cores
e
intenções,
repetidas
e descobertas.
Mas
devolvi o pensamento ao rio.
Escrevê-lo
seria uma espécie de culto à falência,
regar folhas secas,
levar
flores a jazidos, homenagear o que não está.
Também
não ousei arrancá-lo.
E
não sei bem porque não o fiz.
Talvez
medo de perceber que, além, existiria apenas oco
e
nada mais.
Mas
medo é uma coisa que não sinto há um tempo. É uma pena
Apenas
precisava escrever. Gotejar.
Bastou.
Espero
novas chuvas.
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