Se viesse uma frase na cabeça
escrevê-la-ia
Mas não consigo pensar.
Há muitas vozes que se aglomeram às minhas
e discerni-las já não é tarefa fácil.
Não escuto meus pensamentos.
Não entendo o que quero me dizer
e talvez não queira mesmo me ouvir.
Pelo menos agora, não o quero.
Evitando o que apenas se adia.
Terei que me dizer,
mas que o agora, por hora,
prolongue-se. Alargue...
Preparando-me
para mim mesmo
30.3.14
10.3.14
Ontem
É impossível viver sem se entregar
Difícil se acautelar perante a um pedido intimamente
inexplicável.
Como são intensas as questões inexplicáveis.
Cruel é afastar-se de tais anseios irrefletidos.
Esses são puros
Não há matemática ou alfabeto que os codifique. Há apenas
o sentir
Por isso são lindos, límpidos e inocentes.
Então vem a calminha pequena, pronta pra me destroçar.
Pede com jeitinho que eu a aguarde
e não que eu a guarde.
Vence com os argumentos certos
e me convenço a me deixar.
Por vezes nos permitimos deixar-nos de verdade
Chegando a se entregar ao próprio abandono.
Acreditando que não me faço falta,
que o preenchimento qualquer é o mesmo que se completar.
Mas não me ausento de mim. Por mais que eu tente.
Tomo-me encarando-me.
Pensando que não há nada mais EU
do que essas idéias.
Questões intimamente inexplicáveis. Inexplicavelmente
íntimas.
Não sei me responder.
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