10.1.13

Cadência e pausa fazem música

Acaba
A bala lançada pelo perigo que quebrou o vitrô

Acada
Achada a alçada contribuinte quie´squeci de supor

Pur con-se-quê-ncia pe-enso
qui de-veriá prever

um bucado de instantes
duma terra, duma vida
tão gigantes
que um segundo


Ínfimo
alonga o passado crescendo-tanto quisse perpetuou

Instinto?
´contece que eu nunca sofri com luta diquem nunc´apanhou

Pur medo da falência
pudesse eu prever

entretanto os instantes
não se podem
numa vida
tão gigante
querer fazer caber

na memória
exatamente como agora

E perceber
o quanto é tolo
e no entanto
um tanto bobo

em quase canto
em desencanto
e meu disfarçe que desempâno
faz-me tão humano quanto banal


E no enredo madrigal
Sem um encontro pontual




Madruguei a dentro
E pus-me rua à´fora

Adentro ao texto atento
Tento o descanso tardio
Para me esgotar mais cedo

Mas tarde...

Talvez em tua dispensa
meu lado ainda vença

Por tudo não dispensa
Com quase real presença

Contudo não dispensa
Com tudo se ofereça!


Acaba
a auria elevada que com o tempo me desacostumou

Inflama
E quando dá conta de-sua ferida já-lhe infeccionou

E pensa
e tenta...


Mais tenta do que pensa...


E a desavença, 


por desmérito na própria crença,
sentiu-se desapercebida e findou


O que era 2
deixou de ser matemático

E os que eram dois
Deixaram-se ser poemas

7 comentários:

  1. Queria sentir esse poema recitado!

    Tá magnífico!

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  2. nossa, adorei!
    muito legal seu blog e os seus escritos.

    voltarei mais vezes, adorei!

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  3. "O que era 2
    deixou de ser matemático

    E os que eram dois
    Deixaram-se ser poemas".

    Interessante é não falar de quantidade e qualquer coisa exata , bonito é ler um poema ! Gostei ^^"

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  4. Lindo poema, parabéns. Gostei muito do blog e já estou seguindo!

    Abraços,
    http://therevolucaonerd.blogspot.com.br/

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O que vier de sua cabeça será bem-vindo....