A cidade passa
sem fazer pose
Como se eu não a
estivesse observando.
A cidade, age, desinibida,
A cidade, age, desinibida,
por impulso
pulso, pulso...
A cidade não gangrena,
engendra para
escoar,
para dividir, segregar
para sempre faltar e ter onde pedir.
para dividir, segregar
para sempre faltar e ter onde pedir.
A cidade que
amputa seus filhos
e depois lhe dá muletas.
e depois lhe dá muletas.
Próteses
de
sentidos,
de existência,
de contextos, de casas-maderite,
de justiça-divina-tardia,
de existência,
de contextos, de casas-maderite,
de justiça-divina-tardia,
de ruas molhadas com
pés descalços,
de felicidade e descanso permitido com limite de 48h.
de felicidade e descanso permitido com limite de 48h.
Eu, dentro do
aquário ambulante,
a caminho de me
encontrar, observo seus filhos e órfãos,
as devastadas paisagens substituídas
as devastadas paisagens substituídas
por arquitetura retilínea
que entedia os olhos.
A cidade desliza
por fora ante ao meu destino,
desatenta a mais um observador,
faz-se de desentendida
e abriga no mesmo teto aberto
oprimido e opressor.
desatenta a mais um observador,
faz-se de desentendida
e abriga no mesmo teto aberto
oprimido e opressor.
A cidade que
observo me desvia a atenção e direção
Suga-me para
seus problemas estampados em cada parede
e coloca-me no
centro, onde clarão e escuro cegam igualmente,
onde não há voz
para tanto grito.
A cidade de
prédios abandonados e estacionamentos vazios
está em ruínas
embora não esteja frágil.
Ainda é boa e
aconchegante para alguns filhos.
Edifica-se a
hora dos órfãos se apossarem.
Mas o privilégio
priva,
o privilégio
priva
privilégio priva,
priva.
Cerceia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que vier de sua cabeça será bem-vindo....