Procuro
a distância
O
intervalo sem notícias
Um
silêncio, um respiro, uma pausa.
Preciso
mudar os finais dos meus sonhos
Quando
a cabeça
prestes
a emergir do imaginário
inclui
as ideias que passo o dia a apagar
E
a qualquer sinal de distração
Surge
o insistente sentimento
feito
um fantasma rondando
O
Tempo já passou para nós
O
que me incomoda é o Espaço
Presença
física, material, sensorial,
de
falas, olhares, toques apertados,
das
mesmas bocas se encarando.
São
tijolos erguendo-se,
murando
o caminho livre.
Escapo
por infiltração.
Na
ânsia por desfecho
cansei
de ser gotejo.
Quero
fluir sem represamento
Evitar
a presença, o físico
Optar
pelo vão, pelo vazio
Desejar o Espaço
e
contemplar o que não se pode ver
Distância
escura entre as estrelas e os planetas
Pretendo novas gravidades para orbitar