Cansado de mirar aquele vão
tão íntimo e rotineiro.
Exausto pelo convívio, por sua
maior parte o reduzir, corroê-lo.
Exercita o pensamento do outro,
confia ao alheio sua própria estima.
Dependente de momentos que lhe valham,
saciando a fome com migalhas.
Na madrugada aflita, calcula
seus limites em tempos de mudanças.
A sua força vem de rebaixar-se?
De suportar-se pequeno e
portar-se como grande
num jogo ridículo de aparências?
O teu afeto se demonstra em sua
capacidade de ser submisso?
O comodismo esconde certa imaturidade.
Andar em círculos atrai
quem não conhece outro caminho.
3.4.18
21.2.18
Enquanto o rio condensa
e flui menos depressa,
parece arrastar meus minutos em sua espessa gama vagarosa.
Não há profundidade alcançada
nem tampouco gera firmeza
que permita o suporte dos pés.
Então este rio é visual, virtual,
cheio de futuros,
de maravilhosas mudanças advindas da espera.
Que diante dos olhos presentes, desfila
com sua suntuosa e pavorosa grandiosidade
Mas os olhos que assistem são acompanhados dum corpo que os carregam
Estes olhos miram tudo ao redor
e apesar do colossal rio que ganhara espaço nos últimos tempos,
avista outras oportunidades de banho, de refúgio, de contemplação, de vida.
A identidade mora no desejo
e desejo estancado
é vida ávida que avisa.
O corpo necessita banhar-se.
Qual o rio que o convida?
e flui menos depressa,
parece arrastar meus minutos em sua espessa gama vagarosa.
Não há profundidade alcançada
nem tampouco gera firmeza
que permita o suporte dos pés.
Então este rio é visual, virtual,
cheio de futuros,
de maravilhosas mudanças advindas da espera.
Que diante dos olhos presentes, desfila
com sua suntuosa e pavorosa grandiosidade
Mas os olhos que assistem são acompanhados dum corpo que os carregam
Estes olhos miram tudo ao redor
e apesar do colossal rio que ganhara espaço nos últimos tempos,
avista outras oportunidades de banho, de refúgio, de contemplação, de vida.
A identidade mora no desejo
e desejo estancado
é vida ávida que avisa.
O corpo necessita banhar-se.
Qual o rio que o convida?
7.1.18
Rio que muda
Quando as preocupações te encontram
Esvaem-se,
escorrem feito água corrente
A frente empoçam-se belas incertezas que convidam a submergir
Afundo e, sem abrir os olhos,
ressalto qualquer tipo de sensibilidade
No fundo é que me encontro
No raso não cabem minhas largas braçadas
Tenho mais fôlego do que o raso pode suportar
Quanto mais me aprofundo em mim
menos enxergo e mais sinto.
Esbarro num novo eu
Mas o fundo aperta o peito, incomoda,
faz força pra subir
como se o corpo pedisse para novamente
respirar o mais-do-mesmo,
repetir um exato enredo,
repelir o desconhecido que atrai.
Expando meus pulmões para caber mais vida
Quero-me mesmo é incompleto,
para fazer dos vazios profundidade,
E saber que pouca dosagem é bobagem
Quando se quer ser
ao invés de estar.
Esvaem-se,
escorrem feito água corrente
A frente empoçam-se belas incertezas que convidam a submergir
Afundo e, sem abrir os olhos,
ressalto qualquer tipo de sensibilidade
No fundo é que me encontro
No raso não cabem minhas largas braçadas
Tenho mais fôlego do que o raso pode suportar
Quanto mais me aprofundo em mim
menos enxergo e mais sinto.
Esbarro num novo eu
Mas o fundo aperta o peito, incomoda,
faz força pra subir
como se o corpo pedisse para novamente
respirar o mais-do-mesmo,
repetir um exato enredo,
repelir o desconhecido que atrai.
Expando meus pulmões para caber mais vida
Quero-me mesmo é incompleto,
para fazer dos vazios profundidade,
E saber que pouca dosagem é bobagem
Quando se quer ser
ao invés de estar.
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