21.5.12

O Peso da Palavra

Som súbito. Acordou
O dia chegara cedo
Sem dúvidas: Estava feliz

Preparava-se para o assassinato.
Aniquilaria - de vez! - todo o enfado
Arrematou-se de entusiasmo.

Banhou-se sem pressa.
Havia tempo até chegar o momento.

Ajeitou a casa ao som de Caetano
Sem sacrifícios.

Foiçou ervas-daninhas
Admitiu tirar proveito do verde,
Enfileirou o pó acumulado
E exagerou na faxina.

Todo cansaço seria recompensado.

O dia já perdia 
suas cores.
Aproximava-se do desejo.

Mas ao partir
Houve o que se ouve do inesperado:
Palavra Pesada.

Esforço tolo e em vão
Perante ao peso insuportável.

Ainda dentro se via:
Chuva lá fora.

Notou sua falha: falta de hipóteses.
Não supôs se molhar.

Expectativas frustradas
Têm o seu tom humorado

Mas são piadas
em que as risadas
soam atrasadas

Apesar da enorme graça 
Nem todos riem juntos.

7 comentários:

  1. Olá!
    Muito obrigada pelo comentário no meu blog! =)
    Estava lendo seus textos! Parabéns!
    A Fe havia me falado muito bem deles e ela realmente estava certa!
    Estou seguindo ! rs

    ResponderExcluir
  2. Respostas
    1. Grande Jeff!

      "O peso da palavra" lembra alguma coisa?rsrs

      Tava afins de escrever e me inspirei no teu estilo. hahaha

      Excluir
  3. Por mais proveito que se tire do verde, exagerar na aspiração do pó enfileirado dificilmente traz grandes compensações, mais fácil encontrar o peso insuportável , a tempestade fora e a ressequida ressaca dentro.

    ResponderExcluir

O que vier de sua cabeça será bem-vindo....