A ausência que preenche e não nomeia o vazio
não é o que vivi, tampouco o que li
não é excesso, nem abandono do mundo.
Por muito tempo: Convivências;
por pouco solidão.
Por muito peco: Conivência;
E nenhum erro é coincidência quando reação à oposição.
Oposto ao ego é angústia
Espécie de voz que sussurra, que sutura,
que aflige pelo timbre,
que atinge em meio íngreme.
Que nos avisa sobre o outro. Outros. Outras propostas,
outros caminhos de sucesso. Suscetíveis.
Que me afronta,
que me informa que o ser
não deveria ser.
Que me atenta às novas modalidades de felicidade.
Eis que a minha felicidade,
de tão frágil,
desaparece de súbito
para que eu possa ver além do mundo,
estar contido nele
E me escapa(!) mesmo com uma linda tarde,
com árvores, crianças, crepúsculo, amores
e enebriante sensação de paz.
Sensação de que o ideal não me completa.
Num bizarro avesso,
o ideal, diante de mim, contempla:
o inacreditável ser que precisa de mais,
que precisa de tanto
para tornar-se simples.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que vier de sua cabeça será bem-vindo....