18.2.13

Solo

Sementes caem
permeiam nosso solo cerebral
são engolidas pelo inconsciente
e absorvidas pelo inconsequente

Escolhemos as sementes que vão germinar?
Podemos selecionar? Ou de tudo nasce?
Do bom ao ruim,
Da peçonha ao inofensivo,
Do humano à arvore frutífera
 ?

Reféns de acontecimentos randômicos
Regemos as nossas vontades
Regamos nossa terra com uma otimista expectativa pré-existente.

Coragem cega que atrai.
Atraídos feito um caule instintivo procurando suco em seus sulcos.

Atraídos,
procuramos alma em nossas vidas.

Somos maestros de poucas notas.
Somamos o conjunto 
para compormos a sinfonia.

Estamos prontos para germinar qualquer semente

Somos aptos para originar qualquer semente

Somos úmidos, amplos
terrenos férteis.

Pele morena feito barro, 
olhos negros como a volúpia da noite.

A comunicação muda dos cheiros.
Dispersadas pelo ar
Sentidas pelo mundo.

Nossas histórias acontecendo em simultâneo.

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