1.5.12

Entre conversas

Gotejos saíram de época.
Não se pode mais plantá-los.
Entramos em tempo de enxurradas e tempestades.

Chuvas fortes e ventosas serão venturosas para os amantes de mistérios.
Forte magnetismo têm os eventos que não se explicam.
Atração.

Natureza das grandes quedas d´aguas. Natureza das grandes quedas em si.

Possibilidades que giram em nossas cabeças. Vãs tentativas de decifrar mutuamente o instante em que todos participam.
Mas como eleger uma verdade em meio às indecisões?

Água fria; espinho no pé; onda que amortece nas costas.
Castigos de uma natureza cruel, embora inocente; quase inconsciente; mas nunca inofensiva.

Entre conversas, pausas aproveitam seu momento.
Revelam o que palavras não arriscam
E nos submetem à verdade omitida em nós

Omissão é silêncio
Mas um silêncio que fala por si
Prestes a se entregar

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. O que não explica-se causa atração , logo mistério.

    As enxurradas e tempestades metafóricas arrastam-se ,levam para uma "grande"queda dentro de si.A procura de entender o interno e externo causa conflito e ao mesmo tempo magnetismo.A dúvida torna a realidade incerta ,porque o que é verdade faz questionar o que é concreto e abstrato , portanto , o que revala-se também é mistério.
    Se as palavras não arriscam-se , então, vejo o silêncio contido em nós como resposta, prestes a si entregar por que precisa falar ou por que quer guardar e aguardar?

    Amantes do mistério , cuidado pois a natureza cruel também pode matar!

    Parabéns pelo texto , precavenha os pássaros com estas tempestades,é melhor pousar!!

    ^^''

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  3. Olá Bruno,
    passei para ler os novos poemas,ficaram ótimos!

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  4. Nossa! Fantástico, luminoso e direto como um raio, assustar-se com o estrondoso trovão?
    Depende do que o silêncio irá revelar...

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O que vier de sua cabeça será bem-vindo....