Fico em uma espécie de embriaguez
O que afirmo parecem histórias absurdas
O que digo soa com um desproporcional exagero
Minhas verdades se expandem peito a fora e parecem irreais quando escapam de mim
Minha língua perde o filtro e o que penso vai logo saindo pela boca, pelas tintas no papel
O que digo soa com um desproporcional exagero
Minhas verdades se expandem peito a fora e parecem irreais quando escapam de mim
Minha língua perde o filtro e o que penso vai logo saindo pela boca, pelas tintas no papel
Tintas que percorrem o caminho indicado pelas mãos
Mãos que soltam frases intrínsecas;
que desejam se enlaçar com a mão
amada
para abdicar de toda fala escrita, pois
escritos dão margens à confusão
Por isso digo! E as vezes me arrependo pelas minhas verdades serem tão fantasiosas
Mas que culpa tenho
se não vivo mais entre os que apreciam a realidade tal qual ela é?
Compartilho uma espécie de sorte
Um sentimento feito fogo, que
hipnoticamente queima, arde
E que promete se apagar,
Mas o ensejo encontrado compensará o
fogo
Com mais matéria para a combustão
Sentido incontrolável e talvez imaculado
Feito um riso instantâneo provocado ao ver um
constrangedor tropeço alheio
A vida e seu conjunto de coisas, com
suas incontestáveis qualidades reais
Perdem o brilho da imaginação.
A realidade me soa miserável, morna
Um painel colorido com cores já conhecidas, já muito vezes usadas
Quero esgotar do indivíduo
Sugar todas as possibilidades para fartar o que não se sacia
Um painel colorido com cores já conhecidas, já muito vezes usadas
Quero esgotar do indivíduo
Sugar todas as possibilidades para fartar o que não se sacia
Tornar-se indiferente à realidade dicotômica
Que divide a vida em antagonismos
Apesar de estar nela, vivo uma terceira opção
E entre o feliz e o triste; entre o real e o excessivo - escapo
Sou apenas Eu.
Apenas porque já me fiz pouco
Este pouco que é inverso e
que não representa o
muito que me habita
O mundo que em mim reside revoluciona
Impõe que o escasso não seja permitido
Ser Eu pode ser suficiente.
Mto seu esse texto. POderias perguntar-me como sei, mas te digo que não sei, que apenas sinto e isso basta.
ResponderExcluirO poema é muito bonito, é uma descrição do teu estado, do teu sentir e dos feitos coloridos que cada sentimento é capaz de proporcionar aos que assim desejam.
Ser "EU" pode ser suficiente .
ResponderExcluirLembrei da história daquela menina maquiada que chamaram de traveco , enfim , você já sabe o final .
Adorei o texto , ficou muito bom , mas não encare isto como um elogio , por favor ! haha ... estou aprendendo ^^
embaixo da árvore de natal o brinquedo tão desejado o espera, e o dia
ResponderExcluire a noite combinam, como é bom viver com a mente excitada produzindo novos líquidos nos lavando
Ser suficiente pode não ser eficiente...
ResponderExcluirMuito bonito eu também me basto.
ResponderExcluirUm abraço.
Excelente, Bruno!
ResponderExcluirEnquanto "a realidade soar miserável", o poeta nos deixará versos intensos e pungentes!
Abraço!
Muito bom ler-te, Bruno! Bjs
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