Em tempestade de gotas atravessadas
eu abro a boca pra engolir a sede
Fecho os olhos pra aflorar o toque
deixar que as possibilidades aconteçam
E não faço do meu umbigo o centro da chuva
eu abro a boca pra engolir a sede
Fecho os olhos pra aflorar o toque
deixar que as possibilidades aconteçam
E não faço do meu umbigo o centro da chuva
Já há
muito impulso impedido
muita culpa compartilhada
Os desejos vêm sem nome
As entregas com direção
Na tempestade nada se vê,
confundem-se trajetos,
curvas dão em morros.
Fugindo das luzes,
dos sons
Pego a estrada que me contagia.
Fluo, descalço, com os pés ardendo.
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