Nesta tarde confusa, confusão não houve.
Nestes dias corridos, não houve tempo, nem houve pressa;
Houve apenas a tarde
que nem tarde chegou. Veio no momento certo, no hoje.
A tarde de um dia longo, duma noite esquiva que deixa o
desejo
e retimbra o conceito de saudade.
Houve poesia, Manoel de Barros,
imperceptivelmente Pessoa
e inevitavelmente Quintana.
Uma discreta e irrisória Janis Joplin na cabeça.
Não houve o que se ouve por ai.
Existiram os dois maiores poetas
escrevendo aquela tarde... durante aquela tarde.
Houve nós dois. Criativos incansáveis driblando a vida
Poetizando através de percepções, de escritas com o tato
de saliva muda com gosto de sangue.
Recriando a vida,
afirmando para nós mesmos
que fluir mesmo
é escorrer contra
o fluxo
Funil...
ResponderExcluirO obvio sempre precisa do olhar do poeta
ResponderExcluirpara deixar de ser tão obvio assim.