11.2.12

Aos Montes

Alçar as ideias ao pico. Arrastá-las a força.
Puxadas e amarradas por cordas firmes e apensadas com nós; Todos cegos.
Laços elevados pel’argumentação

E eis que elas chegam ao sumo, ao cume; aonde tudo se conclui.
A aspiração de toda ideia é tornar-se uma certeza

Ao mesmo tempo em que as novas convicções nos alcançam
Tomam o lugar de outras que nos ocuparam por anos

A ausência de algumas delas tornam possível a confusão:
Entre ingenuidade e coragem;
Entre incertezas e ausência de respostas.

Mas ideias pesam e comprimem o pico cada vez mais
Por vezes afundam. Amarram-se aos pés

Não sabemos ao certo
Se depois de submerso
A respiração será possível

Mas a presença do incerto
Possibilita a descoberta do improvável
Embora também apresente a desconfiança

Por isso tomamos fôlego no último instante.
Prendê-lo-emos ao máximo.

Ao suprimir o ar dos pulmões
Deve-se arriscar respirar o desconhecido

Mas antes que se chegue ao inevitável

É preciso racionar o que se tem como certo

4 comentários:

  1. Acho louco também quando criamos um valor e esquecemos de quando isso realmente foi criado... ae pensamos... isso sempre existiu?
    Nossas ideias acompanham quais necessidades?
    Acompanham?

    Gostei, muito bom o jogo de palavras, muito bem escolhido. Daóra.

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  2. Possibilidades poéticas, reais e arriscadas...

    Bonito!

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  3. Agora fiquei incerta com as certezas...Mais ainda. rs

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O que vier de sua cabeça será bem-vindo....