29.5.11

Suave Coisa Nenhuma!

Sinto uma leve impressão de que falta algo de importante para eu dar continuidade aos meus planos.
Sinto uma angústia. Uma corrosão d’alma.
Não sei donde partiu e nem quando começou.
Só percebi um vazio repentino e inesperado. Estava bem há pouco. O que houve? O que me falta? O que eu já tenho?
Estou desloucado, tresloucado e repetitivo há alguns segundos.
Não quero voltar ao meu estado anterior a essa bagunça. Sinto que alcancei uma espécie de consciência da qual ainda não tomei conhecimento e assim que a decifrar tornar-me-ei outro homem.
Essa mistura de esperança-de-mudanças e receio da mesma chegar abalando tudo o que já criei perturba-me.
Cansei de ser o que sou hoje. Quero novas aventuras e por isso mesmo me perco por não saber ao certo o rumo que irei tomar.
Troco as palavras, mudo as idéias, desprezo a quem gostaria de me entregar, mudo meus olhares e troco-os com desconhecidos.
Nem o futebol tem tanto prazer para mim. Não há adversário; nem desafios.
Estou desconfortável em minha própria pele. O que fazer?
Alienar-me. Fujo desta solução como um cristão da heresia.
Corro pra me fatigar até fugir de mim. Os problemas me acompanham e as respostas estão além do horizonte.
Parar de correr significaria o quê?
Significados; qualificações; títulos. E a tentativa de escrever sobre o indescritível.

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