O contrabaixo andante ditava o ritmo.
Minhas idéias eram palavras soltas
fazendo sons no pensamento.
Meus conflitos dançavam.
Toda ideia era calma.
Rasga! O Sopro do mestre. Deus?
Deu-se num Sax.
Rompendo no peito feito flecha com farpas.
Despregando as amarras. Evadindo o próprio corpo.
Olhar o nada e largar-me ocorreu numa ação dessabida. Aquele grave com som de madeira que abraçava a cintura, levava-me.
Aquela corrida de notas sopradas sem freio, sem pouso, lembrava-me tanto a vida.
Mas qual? Coltrane é de 60.
Estou novamente atrasado.
Mas o tempo necessário foi tomado, até o último gole.
Houve atraso, não desperdício do tempo.
Mas como explicar pra quem é regrado?
Pés descalços,
cigarro na mão esquerda repousada sobre o cinzeiro de plástico.
Costas no tapete, olhos para o teto.
Fumaça densa subindo em ésses.
Desejo de mato, de advinhar a chuva pelo cheiro, da noite extremamente longa, desejo do silêncio com cigarras,
desejo de um trago longo.
Ficou sem cigarros. Correu à padaria em frente para comprá-los. Lá,
distraiu-se rapidamente com uma televisão ligada, sorriu para a caixa e saiu. Esqueceu-se do que pensava, de concluir. Trocou de pensamento na volta pra casa. Desviou o dia.
drogado de merdA! não passa de um zé ninguém sem futuro e cheio de viciossssssssssssssssssss
ResponderExcluirUm só deslize e: uma nova paisagem.
ResponderExcluirQue engraçado esse comentário acima!
ResponderExcluirFazer o que se gente besta e pau seco...
Ainda bem que esse tipo de droga; incompreensão, crueldade, rancor e despeito não vicia a poesia, apenas pode causar overdoses de inspiração.
Haja poesia...
Que venham!!!
É o espírito natalino mexendo com a cabeça das pessoas... Aí aí... Só amor!
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