O monstro que crio dentro de mim
avassala-me.
Inventara-o por proteção,
Mas o maldito conspirou contra mim!
Aproveitando-se de meus bons momentos de distração,
Foi inofensivamente engrandecendo.
E em pouco tempo
cogitava, em tom de ameaça,
possibilidades remotas de tomar meu posto.
Sentiu fúria
pela minha indiferença quanto ao seu enclausuramento.
Está feroz
e as amarras já não podem mais com ele.
Sinto-o soltando-se.
Ouço seus gritos ressoando
pelas paredes que o encarceraram
Sinto-o chegando à superfície
para cumprir sua promessa,
para se alimentar do que mais deseja: Eu
E sem alarmes,
o banquete foi servido.
Tão repentino que pode ter acontecido
as três da tarde de qualquer terça-feira.
Diminuo a cada mordida desferida por ele,
acompanhando uma inversa proporção de força e tamanho.
Eis que chego ao ponto
d´eu me tornar meu próprio monstro,
enquanto fico aprisionado secretamente.
Sendo impedido
de ver a vida com meus antigos olhos.
Balançando entre minhas verdades.
Quais minhas fraquezas?
Onde sempre encontrei vitalidade?
Pra onde foi o absurdo?
Se mudo o tempo todo
Muda é minha definição.
Ponto! Não conseguirei ser nada.
Embora, não haja nada que eu não possa ser.
Balançando entre minhas verdades
Revezo as roupas que visto meu cérebro.
Nunca mais o vi nú.
Você usa as palavras de uma forma que passa a harmonia que há entre o que pensa e/ou sente, e entre uma linha e outra, a sequência... Nós mudamos, mesmo, mas acredito que no fundo, tem um esqueleto para tudo isso, como o corpo que nunca mais ficou nú. Pode trocar de visões, de "roupa", mas é o mesmo corpo.
ResponderExcluirentrega edílica...
ResponderExcluirvc pode ficar do seu lado ou continuar alimentando o mostro
ResponderExcluiralter ego ou
ResponderExcluirauto canibalismo existencial
que bom que depois das terças feiras vem as quartas feiras às 4
e 20