Desgastar toda esta carcaça em discreta
descomposição
Quero esgotar todas as minhas idéias
Descartar todos os planos
Quero exaurir todo o tipo de conversa
desnecessária
Impedir o excesso de engajamento
Quero sussurrar todo tipo de besteira ao pé do
ouvido
Desabotoar toda a sua timidez
Quero grudar na sua boca e chupar todo seu mel
Desapegar desta incerta possibilidade de sofrer
Quero dividir meu corpo
Despejar minhas frações em caldeirões de tribos
canibais
Quero nadar no mar em noite de tempestade
Desanuviar meus olhos cinzas
Quero vida e quero agora
Provar d’um agora duradouro
Quero logradouros dentro de mim
Quero guardar tudo que fui esprimido num canto
Quero expandir meus tijolos, refazer a estrutura
Sou consumista,
Quero consumir vida
A minha
Gastá-la,
arrastá-la feito sandália de andarilho
Quero antecipar a morte ao intensificar os segundos,
Imortalizar cada instante vivido,
Quero envelhecer meu próprio passado
Cometer mergulho circense de grande altura, sem rede de
proteção
Quero saber pouco e sentir-me infinito.
Sentir a serenidade dum homem isolado e a euforia de um
hiperativo.
Quero ser palhaço para a criança,
Ser desorientado para o idoso.
Ser um parâmetro a não ser seguido.
nosso novo hino
ResponderExcluirQue bela arquitetura da vida Bruno. Parabéns !
ResponderExcluirIntensidade em nível master!
ResponderExcluirCarreguei cada verso.
Quereres tão legítimos, tão humanos! Muito bom! (Bruno, desejo a vc e todos os seus um Natal repleto de paz e muitas alegrias em 2013) Bjs
ResponderExcluirSimplesmente ser...
ResponderExcluiros quereres...
ResponderExcluirAh! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
que é isso?! caralho, muito bom! Identificação. rs
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