13.11.20

Em tempestade de gotas atravessadas
eu abro a boca pra engolir a sede
Fecho os olhos pra aflorar o toque
deixar que as possibilidades aconteçam 
E não faço do meu umbigo o centro da chuva

Já há
muito impulso impedido
muita culpa compartilhada
Os desejos vêm sem nome
As entregas com direção

Na tempestade nada se vê, 
confundem-se trajetos, 
curvas dão em morros.
Fugindo das luzes,
dos sons

Pego a estrada que me contagia. 
Fluo, descalço, com os pés ardendo.

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