31.5.21

RAP : RITMO E POESIA

Nem tão seco
Nem tão pó
Nem tão cedo
Nem tampouco

Ouso: ouço o osso.

Um estampilho,
um pipoco!
Tampa de panela
encobrindo teu privado esgoto.

Árdua carga,
Pra onde vai tua descarga?

Criando alavancas pro abandono.
Cultura do cão com dono,
do limitar o próprio sonho.

Terceirizar a atitude.
Chame um messias:
"alguém acude!
meu livre-arbítrio é um açude"

O que me impede, o que me ilude
É combustível inflamável
Qualquer paixão, qualquer faísca, 
Desejo amável
Já me atiça.

Terreno incerto torto
É bom pra guia.
Neste terreno eu sou turista
Que se encanta: a nova vista.
Passado futurista.

Corpo ardente
febre desconhecida
Mesmo doente
Corpo que revida à vida

Resistência ou teimosia?
Nada se sabe dessa sorte.
Amanheço forte
pra enfraquecer o dia.

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